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Fazer o que é necessário… agora!

O comportamento de muitas vezes adiarmos projetos ou tarefas, o “deixar para depois”, ir “empurrando com a barriga” é chamado de procrastinação. Acabamos fazendo várias coisas antes do que é realmente necessário, ou não fazemos nada efetivamente em relação ao que é de fato preciso realizar.

Este tipo de atitude é muito comum, porém, muito prejudicial. É um indício de não enfrentamento, o que pode gerar um acúmulo, não só de tarefas a serem realizadas, mas também, de diversos sentimentos considerados negativos ou desagradáveis, como culpa, estresse ou ansiedade.

Os resultados podem ser comprometedores, já que a qualidade do que é necessário realizar fica defasada, pois a tarefa acabará sendo realizada de última hora, de qualquer jeito, e as consequências a médio e longo prazo, podem ser desastrosas. Sem contar que tal atitude está associada à falta de responsabilidade e negligência, o que não é nem um pouco promissor para qualquer campo de nossas vidas.

Tomar consciência deste hábito é de fundamental importância para que novos hábitos sejam adquiridos. A aquisição de novos hábitos, e o deixar velhos hábitos (prejudiciais) de lado, realmente são extremamente desafiadores, porém, é possível se empreender um caminho em direção ao desenvolvimento saudável e produtivo.

Primeiramente, é necessário identificar se há um padrão em relação à procrastinação, ou seja, é preciso se perguntar o que geralmente te faz procrastinar tarefas? Que tipo de tarefa costuma ser adiada, ou mesmo, que tipo de situações te tiram a concentração? Ao identificar tais padrões, é importante anotá-los – aí já se inicia o enfrentamento.

Falando em concentração, é muito importante que estímulos externos sejam bloqueados, principalmente se há a dificuldade em manter o foco nas atividades realizadas. Um bom começo é perceber o quanto as redes sociais, por exemplo, estão tomando o nosso tempo. Observe mais. Será que não há uma necessidade constante em checar esses meios de comunicação, mas não de uma forma tão produtiva, e sim, prejudicial? Colocar o celular em modo avião ajuda muito a evitar tal distração.

Procurar fazer uma coisa de cada vez também ajuda muito a manter o foco e a concentração, e consequentemente, a atenção às atividades que necessitam ser realizadas.

No trabalho, ou mesmo nos estudos, ou em qualquer ação que demande atenção ou um certo tempo para ser realizada, comece a dividir as tarefas em períodos de tempo trabalhados e de descanso. Por exemplo, realize a atividade durante 20-25 minutos de forma focada e concentrada, sem interrupções, e intercale com intervalos de 5 minutos de descanso ou entretenimento (agora é possível checar as redes sociais ;-)). Após 4 ciclos de 20-25 minutos, dê um intervalo maior, de 30 minutos, por exemplo, para o descanso e distrações que não estejam diretamente relacionadas ao que está sendo realizado.

Caso a tarefa seja mais complexa, uma boa dica é fragmentá-la em várias tarefas menores e mais fáceis de serem realizadas, proporcionando a sensação de completude, e porque não dizer, conquista.

Antes que a procrastinação se torne um hábito em sua vida (e mesmo que já tenha se tornado…), comece a mudança já, acionando pequenas atitudes, que podem se tornar hábitos muito mais saudáveis e agradáveis, afinal é possível conquistar muito, através de pequenas e corriqueiras ações.

Recapitulando:

  • Identificar as atividades que costumam ser procrastinadas com mais frequência e anotá-las;
  • Bloquear estímulos externos;
  • Tomar consciência do que é prejudicial;
  • Priorizar as atividades – fazer uma coisa de cada vez;
  • Dividir tarefas longas em períodos de concentração (sem interrupções) e intervalos de descanso e entretenimento;
  • Fragmentar as atividades consideradas mais difíceis em tarefas menores e mais fáceis de executar;
  • Começar pequenas mudanças de atitudes agora! Certamente as recompensas valerão cada esforço e foco mantido.

Texto por:

Juliana Pintor Furlanetto – psicóloga (CRP: 06/64531), graduação em letras e pedagogia e pós graduação em psicanálise.

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